quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Porque esperas! Não doi!

Clica na imagem para aumentar de tamanho.


quarta-feira, 19 de novembro de 2008

sábado, 15 de novembro de 2008

terça-feira, 23 de setembro de 2008

DIA MUNDIAL DA CONTRACEPÇÃO

No dia 26 de Setembro celebra-se o Dia Mundial da Contracepção, com o objectivo de encorajar os jovens a fazer uma escolha informada e, através da educação para o planeamento familiar, reduzir os níveis de abortos e gravidezes indesejadas.

Esta é uma campanha a longo prazo, que pretende reduzir o elevado número de gravidezes não planeadas, através da informação e educação.

O Dia Mundial da Contracepção é apoiado por uma associação de organizações não governamentais às quais de associa o SENTE JOVEM e o Gabinete de Atendimento à Saúde Juvenil do Centro de Saúde de Santa Maria da Feira.

Deixo um filme muito engraçado, que vos convido a ver!

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Quais são as tuas escolhas?

Se não conheceres o vídeo, aproveita para o ver e porque não? - Pensar...
Já sabes estamos aqui,
dispõe
!

terça-feira, 5 de agosto de 2008

MÉTODOS CONTRACEPTIVOS (2ª parte)

Na 1ª parte deste tema - métodos contraceptivos-, foram descritos os métodos hormonais que tens à tua disposição para evitar uma gravidez indesejada.

Esta 2ª parte descreve os outros métodos contraceptivos que existem.

Desta forma, ficas com conhecimento de todos os métodos contraceptivos que existem, para que estejas informada(o) e possas tomar a decisão correcta na hora de decidires.

MÉTODOS DE BARREIRA

Os métodos de barreira actuam impedindo o esperma de entrar no útero.

Existem diferentes métodos disponíveis e, antes de rever os métodos individualmente, vale a pena considerar os prós e os contras gerais da utilização de um método de barreira.

Vantagens:
- São uma opção para mulheres que não podem ou não querem utilizar contracepção hormonal;

- O preservativo é a única forma de contracepção que oferece protecção contra Infecções Sexualmente Transmissíveis, se utilizado adequadamente,

- Protegem contra uma gravidez indesejada sem actuarem no ciclo hormonal e de fertilidade natural, não existindo efeitos secundários.

Desvantagens:
- Podem interferir na espontaneidade, sensação e prazer;

- São menos seguros que os métodos hormonais na prevenção de uma gravidez indesejada;

- Podem necessitar de prática até serem utilizados eficazmente.

Preservativo masculino
É um protector de borracha muito fina que tem de ser desenrolado no pénis quando este já está erecto, antes da penetração. É fechado numa extremidade apresentando uma bolsa que retém o esperma após a ejaculação.

Modo de utilização:
1º - Abrir a embalagem com cuidado para não danificar o preservativo;
2º - Colocar o preservativo no início do acto sexual, com o pénis em erecção e antes de qualquer contacto,
3º - Aplicar o preservativo sobre a glande, assegurando-se de que o reservatório não fica insuflado; empurrar o anel do preservativo, desenrolando-o até à base do pénis;
4º - Retirar logo após a ejaculação. Dar um nó na extremidade aberta do preservativo e deitar fora num local conveniente;
Utilizar uma só vez,
Conservá-los ao abrigo do calor e da humidade,
Se for necessário o uso de lubrificantes, não optar pelos oleosos, como vaselina; utilizar lubrificantes aquosos (à base de água).

Protege contra IST`s, se utilizado adequadamente.
Pode ser utilizado com outro método contraceptivo, para a prevenção das IST`s e, como coadjuvante, na protecção contra a gravidez.

Preservativo feminino
O que é?
Uma “manga” de poliuretano (borracha) que se coloca dentro da vagina da mulher.

Existe um anel flexível em cada uma das extremidades de modo a manter o preservativo feminino colocado. A extremidade do preservativo que está fechada reveste o colo do útero e a extremidade aberta é posicionada à entrada da vagina.

Protege contra IST`s, é mais resistente que o preservativo masculino, não estando disponível em todos os países, nomeadamente Portugal e requer prática para uma utilização correcta.

Dispositivo Intra-uterino (DIU)

O DIU é um pequeno dispositivo de plástico, flexível, com um enrolamento de fio de cobre. Tem de ser colocado no útero por um médico.

Mantêm a sua eficácia contraceptiva durante 3-5 anos (dependendo do tipo).

Não é geralmente o método de escolha para mulheres que ainda não tiveram filhos ou mulheres com anemia.

O DIU evita a gravidez, prevenindo o encontro entre o espermatozóide e o óvulo, por imobilização dos espermatozóides no seu percurso até às Trompas de Falópio ou modificando as condições de desenvolvimento do endométrio, no caso de o óvulo ter sido fecundado.

Diafragma

O diafragma é um dispositivo de borracha ou silicone que tem um aro flexível que se coloca na vagina de modo a proporcionar uma barreira entre o esperma do homem e a entrada do útero.
Necessita, no entanto, da intervenção de um médico que avalie a medida correcta do colo do útero e que ensine à mulher a forma de colocação e os cuidados a ter.

Deve ser inserido antes da relação sexual e pode ser utilizado juntamente com um espermicida. Deve manter-se colocado durante pelo menos seis horas depois da relação sexual (e não mais de 24 horas).

Requer prática para uma utilização correcta.

Em Portugal o diafragma não é comercializado.

Espermicidas
Existem sob a forma de creme, espuma, geleia, óvulos e esponja vaginal.
É introduzido com o dedo ou com um aplicador profundamente na vagina e deve ser aplicado 5 a 10 minutos antes do acto sexual, excepto as esponjas cervicais que podem ser inseridas horas antes.
É um método contraceptivo que age quimicamente inactivando os espermatozóides contidos no esperma.
São métodos contraceptivos pouco eficazes, podem causar alergias e não protegem das IST`s.


OUTROS MÉTODOS:

Abstinência periódica

A mulher aprende a reconhecer e a compreender as modificações fisiológicas do seu ciclo menstrual,

É necessário um grande envolvimento do homem e uma estreita colaboração entre o casal;

Para ser eficaz, necessita de ser utilizado de forma muito rigorosa.

Não tem efeitos colaterais físicos;

Pode não ser possível utilizar o método quando houver febre ou infecção vaginal, no pós-parto e durante o aleitamento.

Como desvantagens:
Pode requerer um longo período de abstinência, o que não é aceitável para alguns casais,
Geralmente são necessários 6-12 ciclos para aprender a identificar o período fértil,
É necessária uma atenção cuidada das modificações fisiológicas do corpo e o registo diário de dados pela mulher,
Não protege contra IST`s.

Tipos:
Método do calendário ou de Ogino-Knaus
Método das temperaturas basais
Método do muco cervical

Método do calendário:
É um método que consiste em anotar durante mais ou menos um ano a duração dos ciclos menstruais. Deves então encontrar o teu ciclo mais curto e o teu ciclo mais longo. No artigo de Junho 2008, está descrito em pormenor a forma de encontrares o teu período fértil.

Método das temperaturas basais:
Baseia-se no facto de ocorrer uma subida da temperatura basal da mulher, na altura da ovulação.

Método do muco cervical:
Baseia-se na observação das alterações que se verificam ao longo do ciclo menstrual, no aspecto e consistência do muco que o colo do útero produz. Na altura da ovulação, adquire uma aparência de clara de ovo, com grande elasticidade (filância). Este muco filante, facilita a entrada dos espermatozóides no útero.
O aparecimento de muco cervical deve alertar para a possibilidade de gravidez: o casal deve então abster-se de ter relações sexuais ou usar um preservativo.


Contracepção cirúrgica

Esterilização feminina – Laqueação das Trompas

É um procedimento cirúrgico que interrompe ou bloqueia as Trompas de Falópio e, assim, o óvulo não consegue viajar ao encontro do espermatozóide.

A esterilização é utilizada apenas por pessoas que decidiram definitivamente que não querem ter filhos, agora e de futuro.

Considera-se um método de contracepção permanente e pode reduzir a responsabilidade daqueles que já completaram a sua família.
Ocasionalmente, pode haver um fracasso técnico durante o procedimento quando as Trompas de Falópio reabrem ou quando a obstrução não é completa.

Esterilização masculina – Vasectomia

É um método cirúrgico que laqueia os canais que transportam o esperma, pelo que o homem continua a poder ejacular, mas não existem espermatozóides.
A operação cirúrgica afecta apenas a função reprodutiva e não tem qualquer efeito no desejo ou na capacidade de manter relações sexuais.

Este método de contracepção é permanente e adequa-se apenas às pessoas que não querem ter filhos.

Tanto a Vasectomia como a Laqueação das Trompas não protegem contra IST`s.

Helena Bento
Bibliografia: Direcção Geral da Saúde - Programa Nacional de Saúde Reprodutiva - Saúde Reprodutiva Planeamento Familiar, ed. revista e actualizada. Lisboa, 2008

terça-feira, 29 de julho de 2008

MÉTODOS CONTRACEPTIVOS (1ª parte)

O objectivo principal da contracepção é impedir a gravidez.
Alguns métodos, como a pílula ou a esterilização, são quase 100% eficazes. Outros métodos têm uma menor eficácia.
Na escolha do melhor contraceptivo para ti e para o teu parceiro, devem ser tidos em conta alguns factos. Alguns métodos podem ser mais interessantes para ti, ou mais adequados para outras fases da tua idade fértil.


Os principais factores de selecção são:
A tua idade e estado de saúde, uma vez que determinados métodos contraceptivos não são aconselhados ou indicados em determinadas situações clínicas;
O teu perfil de actividade sexual. Põe exemplo, tens um relacionamento estável ou diversos parceiros sexuais? Com que frequência tens relações sexuais?

Existem diversos métodos contraceptivos à escolha, e um destes será o mais adequado para ti e para o teu estilo de vida. A informação seguinte ajudará a rever as opções disponíveis e qual a informação mais importante a ter em conta.

MÉTODOS HORMONAIS

Existe disponível uma grande diversidade de contraceptivos hormonais. Embora a dose e o modo de administração possam variar, estes geralmente actuam de forma semelhante.

A contracepção hormonal altera duas coisas importantes:
-Impedem a ovulação, pelo que não ocorre a libertação de qualquer óvulo,
-Alteram o muco da vagina, pelo que em vez de estar fino e facilitar a penetração dos espermatozóides, torna-se espesso e pegajoso.

Vantagens:
-Os métodos hormonais são a forma mais segura de protecção contra uma gravidez indesejada,
-São uma forma reversível de contracepção; a mulher pode ficar grávida assim que interrompa a sua utilização;
-Fácil de utilizar;
-Existem diversas opções disponíveis, com formas de aplicação diferentes (comprimido, adesivo, anel, implante, injecção);
-Benefícios de saúde adicionais, por ex., melhoria da pele e do cabelo, períodos menos abundantes e mais curtos, diminuição da queixa de dor menstrual.

Desvantagens:
-Não protegem contra Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST`s), pelo que deve também ser utilizado um preservativo;
-Algumas mulheres sentem efeitos secundários – enjoos, náuseas, spotting (pequenas perdas de sangue ao longo dos primeiros meses, mas que desaparecem espontaneamente).

Pílula combinada:
As tradicionais pílulas combinadas são as mais conhecidas, contendo um estrogénio e um progestagéneo.
Existem diferentes tipos de pílula, mas na maioria dos casos os comprimidos tomam-se diariamente, durante 21 dias consecutivos, seguidos de um período de 7 dias de pausa.

Neste espaço de tempo, ocorrerá a hemorragia de privação que é como se fosse uma “menstruação”. Findo o período de pausa, recomeça-se uma nova embalagem no 8ª dia, mesmo que ainda haja alguma hemorragia. A segurança contraceptiva mantém-se todos os dias do mês, mesmo durante o períodos de descanso se 7 dias!

A pílula deve ser tomada sempre à mesma hora e sem mastigar.

O que fazer no caso do esquecimento de um ou mais comprimidos?
Se o atraso for inferior a 12 horas, tomas comprimido assim que te deres conta do esquecimento e continuas a tomar a pílula normalmente, tomando o comprimido seguinte à hora habitual.
Se o atraso for superior a 12 horas, deixar o comprimido que foi esquecido, continuar a tomar a pílula, utilizando, durante 7 dias outro método contraceptivo associado (preservativo).



Pílula só com progestagéneo
A pílula sem estrogénio toma-se sem interrupção – toma contínua – diariamente, o que significa que tomas comprimidos também durante a menstruação e que não há pausa entre as embalagens.
Deverá ser tomada todos os dias, à mesma hora ou não será eficaz: um atraso de 3 horas na toma habitual obriga a utilização de um método suplementar durante os dois dias seguintes; no caso de esquecimento, os procedimentos são idênticos aos da pílula combinada.
Podem provocar hemorragias irregulares. Por outro lado, algumas mulheres não têm qualquer hemorragia.


Injecção hormonal
A injecção hormonal contém apenas progestagéneo. É administrada por um enfermeiro uma vez de 12 em 12 semanas. Actua de forma semelhante ao da pílula, isto é, inibe a ovulação.
É de longa duração, não exigindo o compromisso diário da mulher.


Pode provocar atraso de alguns meses no retorno da fertilidade. Pode ser recomendada, por ex., quando os estrogéneos não estão indicados, no caso das mulheres que não sejam capazes de tomar os contraceptivos hormonais com regularidade e recusem o Dispositivo Intra-Uterino, sejam fumadoras com mais de 35 anos de idade ou portadoras de deficiência mental.

Implante
É uma pequena cápsula de plástico contendo um reservatório de progestagéneo que é inserida na parte superior do braço através de uma mini-cirurgia realizada por um médico. O progestagéneo é libertado em pequenas doses e o implante é eficaz 3 anos. Pode ser removido em qualquer altura por mini-cirurgia.
É particularmente adequado para mulheres que pretendam uma contracepção a longo prazo.
A fertilidade retorna à normalidade quando o implante é removido. Um benefício adicional é que pode também reduzir os períodos abundantes e dolorosos.


Adesivo contraceptivo
O adesivo contém estrogéneo e progestagéneo e é colado no abdómen, coxas, nádegas ou parte superior do braço. As hormonas são libertadas continuamente, penetrando na corrente sanguínea através da pele. Previne uma gravidez inibindo a ovulação e espessando o muco cervical.
O adesivo deve ser retirado e substituido a cada 7 dias, durante 3 semanas, seguido de uma semana de intervalo sem a sua aplicação.


Importante:
-Não aplicar o adesivo sobre as mamas,
-A pele deverá estar limpa e seca;
-Não deve ser aplicado em pele vermelha, irritada ou com golpes;
-Evitar colocar, todas as semanas, no mesmo local;
-Aplicar só um adesivo de cada vez (retirando o usado antes de aplicar o novo)

Vantagens.
Apenas tens que te lembrar de mudar uma vez por semana o adesivo. Em caso de vómito e diarreia, o efeito contraceptivo não é colocado em causa.

Anel vaginal
Fino, discreto, oferecendo uma baixa dose hormonal em circulação, inibe a ovulação, com uma óptima eficácia, semelhante aos outros métodos hormonais.
O anel vaginal contém uma associação de estrogénio e progestagénio e é inserido na vagina, pela mulher. Mantém-se colocado durante 3 semanas e é depois removido, para uma semana de pausa. Nesta semana de pausa, surge uma hemorragia.
Ao 8º dia, a mulher deve colocar um novo anel vaginal e assim sucessivamente.

Se o anel sair da vagina?
O anel pode ser expelido acidentalmente da vagina durante um esforço excessivo. Se isso acontecer, a anel deve ser lavado com água fria ou morna e voltar a ser inserido. Mas atenção, o anel não pode permanecer fora da vagina mais do que três horas.

Contracepção de emergência
A pílula de emergência pode ser tomada até 72 horas depois de uma relação sexual não protegida. Pode conter uma associação de estrogénio e progestagénio ou apenas progestagénio.


A contracepção de emergência actua primariamente retardando ou inibindo a ovulação. A sua eficácia depende do intervalo de tempo entre o coito não protegido e o uso desta pílula.

Deve ser só aconselhada em situação de emergência – relação sexual não protegida ou quando outro método de contracepção tenha falhado (por ex., preservativo rasgado ou pílula esquecida).

Helena Bento

Bibliografia:Direcção Geral da Saúde- Programa Nacional de Saúde Reprodutiva -Saúde Reprodutiva Planeamento Familiar, ed. revista e actualizada. Lisboa, 2008

sábado, 14 de junho de 2008

AS PRIMEIRAS EXPERIÊNCIAS SEXUAIS (2ª parte)

No artigo anterior vimos que após a menstruação (mais ou menos 14 dias depois) ocorre a ovulação, que é quando o ovário liberta o óvulo. Alguns dias antes e alguns dias depois é o período fértil.


É difícil determinar com rigor o momento e a duração do período fértil.
É por isso que alguns casais que desejam um filho esperam vários meses que a mulher engravide. E é também isto que complica a contracepção.

Se fosse possível ter a certeza do dia em que a rapariga pode engravidar, bastaria não fazer amor nesse momento para evitar a fecundação.
Mas, à falta de certezas, é preciso estar sempre protegido.

A data da ovulação é muito variável, sobretudo numa rapariga jovem…

O ciclo menstrual não tem a precisão de um relógio; pode durar 27 dias num mês, 32 dias no mês seguinte e 24 dias no seguinte. Por isso, mesmo que o período fértil de uma mulher dure poucos dias num mês, é quase impossível prever exactamente quando é que ele ocorre.


AS IDEIAS FALSAS

Alguns de vós julgam que uma rapariga não pode engravidar logo na sua 1ª relação sexual. Isto é completamente falso! A probabilidade de uma mulher engravidar na primeira vez é igual à das restantes vezes que se tiver relações sexuais. Assim como, tem a mesma de contrair infecções sexualmente transmissíveis.

Do mesmo modo, aquelas que tiveram várias relações sexuais sem engravidarem podem imaginar que essa situação se vai prolongar. Também não é verdade! Qualquer mulher que tenha relações sexuais não protegidas, ou seja, sem contracepção, corre o risco de engravidar.

Por outro lado, ao contrário de uma ideia muito vulgarizada, as mulheres podem engravidar mesmo quando fazem amor durante o período menstrual, nomeadamente se este for muito prolongado.
De facto, a ovulação pode ocorrer pouco tempo depois do fim do período menstrual ou até no último dia deste.

Por último, se é impossível que uma rapariga engravide só por beijar um rapaz, ela pode conceber se o rapaz ejacular ao lado do orifício vaginal sem a penetrar. Embora as hipóteses de atingir o óvulo sejam menores, os espermatozóides podem entrar na vagina.


Para terminar, é importante salientar que se pode engravidar:


Na primeira vez que se tem relações sexuais;
Mesmo se se tiver relações sexuais de pé;
Mesmo se se tiver relações sexuais durante o período menstrual;
Mesmo se a rapariga não chegar ao orgasmo;
Mesmo se o pénis não entrar na vagina, mas o rapaz ejacular perto da vulva;
Mesmo se o rapaz tirar o pénis antes da ejaculação.

A relação sexual é, geralmente uma forma de expressão sexual do amor entre duas pessoas.
Inicia-se em idades muito variáveis, umas vezes na adolescência, outras vezes mais tarde e não há nenhuma razão para que um ou uma adolescente se sinta mais inferiorizado por não ter tido relações sexuais.

Muitas vezes é apenas sinal de que é mais exigente no que diz respeito à qualidade afectiva do seu relacionamento sexual.


Helena Bento
Bibliografia:
ROGRIGUES, João"Os jovens e a sexualidade", CAJ-Centro de Atendimento a Jovens. Coimbra,2002

quarta-feira, 30 de abril de 2008

AS PRIMEIRAS EXPERIÊNCIAS SEXUAIS (1ª parte)

Quando somos jovens, sentimo-nos invulneráveis.

Pensamos no amor como se este fosse uma solução milagrosa que nos deixa em estado de graça, e às vezes esquecemo-nos de que podem registar-se acidentes durante uma relação sexual. Mas eles acontecem. Nem sempre são dramáticos, bem entendido, mas muitas vezes têm consequências pesadas.


Uma infecção vaginal não tratada pode provocar a esterilidade de uma rapariga, relações sexuais sem preservativo podem transmitir o vírus da SIDA ou outras doenças, ou ainda provocar uma gravidez indesejada.


Quando fazemos amor, não nos apetece pensar em nada disto. Queremos aproveitar a vida, com toda a descontracção. Mas é preciso não esquecer que determinadas infecções deixam traços indeléveis, determinados vírus não têm cura.


Hoje em dia, tens a sorte de viver numa época em que é possível prevenir a maior parte dos perigos que te espreitam. Mesmo que ainda não tenhas tido relações sexuais, convêm informares-te sobre os métodos contraceptivos para tomares precauções e não seres apanhado(a) de surpresa.

A prevenção não tem nada a ver com proibição, bem pelo contrário.
Preservar a saúde pode parecer constrangedor mas, no amor, a verdadeira liberdade é aquela que te permite viver uma sexualidade sem angústias, sem riscos para o teu corpo e para o do teu parceiro.

A CONTRACEPÇÃO
A contracepção é o conjunto de métodos utilizados para evitar a gravidez.
Basta uma única relação sexual para engravidar. Portanto, cuidado!

Cada vez que ejacula, o homem liberta cerca de 350 milhões de espermatozóides. Apesar de serem lançados na vagina, eles chegam rapidamente ao colo do útero.

Para que uma mulher engravide, é necessário que os espermatozóides encontrem um óvulo.
O óvulo, produzido pelos ovários da mulher, é libertado todos os meses e desce até ao útero por um pequeno canal denominado trompa. Se encontra um espermatozóide no caminho, o óvulo pode ser fecundado.
Para que uma mulher engravide, basta que um espermatozóide penetre no óvulo.

CICLO MENSTRUAL
O ciclo menstrual considerado como normal demora 28 dias e conta-se como o primeiro dia, o 1º dia da menstruação;
Caracteriza-se por ter hemorragia menstrual, em média durante 3 a 8 dias, em intervalos que vão de 24 a 34 dias, tendo como ciclo padrão mais comum o de 3 a 6 dias de fluxo.
Neste caso a ovulação aconteceria na metade do ciclo (14º dia), que consiste na saída do óvulo para uma das trompas.

Se no prazo de 24 horas houver um espermatozóide que se junte a esse óvulo (que já lá podia estar “à espera” há 72 horas), dá-se a fecundação e o óvulo transforma-se num ovo.
Ao descer da trompa para o útero, o ovo vai fixar-se na sua parede, que durante os 14 dias anteriores se foi tornando mais volumoso e esponjoso de modo a poder receber o ovo e uma gravidez.

Se, pelo contrário, não houve fecundação, o óvulo não fertilizado desce para o útero cuja parede interna por sua vez se começa a desagregar, até que é expulso na altura da menstruação, iniciando-se novo ciclo menstrual.

Quando é que inicia e acaba o período fértil?

Chama-se período fértil, aos dias em que a mulher que tem relações sexuais, pode engravidar. Isto sucede quando se dá a ovulação que ocorre em média, ao 14º dia do ciclo.

Considerando que o óvulo vive em média 24 horas e o espermatozóide cerca de 72 horas e considerando a duração dos ciclos anteriores (idealmente 12 ciclos), pode-se calcular o período fértil, por subtracção de 11 dias ao ciclo mais longo e de 18 dias ao ciclo mais curto.

Exemplos:
Mulher com ciclo regular de 28 dias:
28-11=17
28-18=10
O período fértil será entre o 10º dia e o 17º dia do ciclo, inclusive.

Mulher com ciclos menstruais entre 25 a 30 dias:
25-18=7
30-11=19
O período fértil será do 7º ao 19º dia do ciclo.

Helena Bento
Bibliografia: Rodrigues, João. “Os jovens e a sexualidade” CAJ – Centro de Atendimento a Jovens
Coimbra,2002.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

RESPONDENDO ÀS TUAS DÚVIDAS

Esta semana surgiram algumas questões no blog que merecem resposta.

Se tens dúvidas não hesites em colocá-las... estamos cá para responder...

Podes também dirigir-te ao GASJ (Gabinete de atendimento à saúde juvenil) e colocar todas as dúvidas que te andam a importunar. O Gasj funciona no 1º andar do Centro de Saúde da Feira, à Sexta Feira à tarde, das 14-18 horas. Aparece!

Questão:
- Se uma mulher tiver relações ou se masturbar e depois fizer uma daquelas consultas com o genecologista, ele consegue ver se fizermos ou nao?

O médico/ ginecologista, antes de efectuar uma avaliação ginecológica (observação dos órgãos reprodutores internos da mulher) perguntará à pessoa se já iniciou ou não a sua actividade sexual. Desta forma, o importante é que a mulher/casal não esconda nenhum tipo de informação, para que o ginecologista possa adequar a sua actuação a cada situação específica.

Se tiveres relações sexuais, não te inibas de procurar aconselhamento e efectuar exames periódicos. A equipa de profissionais de saúde que efectua este tipo de consulta está sujeita ao segredo profissional e, embora se possa escrever algumas notas na ficha clínica, esta ficha é apenas mexida pelos profissionais da consulta.

No que respeita à masturbação, esta significa acariciar, tocar ou estimular partes do corpo para obter prazer. E não são apenas os órgãos genitais que podem proporcionar prazer. Existem mil e uma partes do corpo sensíveis e agradáveis ao toque, são as chamadas zonas erógenas. Não há forma de saber se a pessoa se masturba ou não. A masturbação é uma coisa íntima, faz parte da esfera privada de cada pessoa.

Questão:
- É verdade que mesmo com o preservativo, o esperma pode escorrer do pénis e sair .. e depois explulsar para a mulher?
Se o preservativo for utilizado de forma correcta, não existe o perigo do esperma sair do preservativo. Assim deves seguir estas instruções:


- Cuidado ao abrir embalagem para não danificar o látex (rasguar o pacote no lugar demarcado);


- Colocar o preservativo com o pénis em erecção e antes de qualquer contacto com os órgãos genitais da/o parceira/o;


- ao colocar o preservativo retirar o ar do reservatório para que quando houver a ejaculação o esperma fique armazenado neste depósito;

- Desenrolar todo o preservativo até a base do pénis


- Retirá-lo logo após a ejaculação, segurando-o pela base, ainda com o pénis em erecção para evitar que fique retido na vagina ou que derrame esperma.

Questão:
- Qual é a diferença entre coito e orgasmo?

Coito é o acto sexual entre o homem e mulher e/ou também entre dois seres do mesmo sexo; ou seja é a relação sexual com penetração;

O orgasmo é o momento de maior prazer emotivo-sexual. Caracteriza-se por contracções rítmicas e involuntárias, em resposta ao incremento máximo da tensão sexual. Trata-se de uma descarga de toda a energia sexual acumulada.

Na mulher, essas contracções concentram-se no clitóris e na vagina, mas estendem-se a todo o corpo. No entanto, não existem duas mulheres absolutamente iguais (nem as gémeas o são) e o orgasmo não é excepção. Observa-se, pois, uma enorme variação na intensidade, na duração e na frequência da experiência orgásmica.

No homem normalmente coincide com a ejaculação.

Em ambos (homem e mulher) ocorre a libertação a nível do cérebro de substâncias chamadas endorfinas e que são as responsáveis pela sensação de prazer.

Questão:
- O homem e a mulher têm o orgasmo ao mesmo tempo?

O homem e a mulher podem ter o orgasmo ao mesmo tempo, embora a maioria dos casais não têm orgasmos simultâneos, visto que preocupar-se com o timming retira muito da espontaneidade e do romance. O objectivo da arelação sexual com o(a) parceiro(a) é expressar os sentimentos profundos que têm um pelo outro de uma forma muito especial.

Muitas vezes, nas novelas e filmes observamos os actores a atingirem o orgasmo ao mesmo tempo, associado a gemidos e outros comportamentos, mas, na verdade essas imagens são só para o espectador se aperceber o que está a acontecer. Na vida real, cada parceiro tem o seu tempo para obter o máximo prazer que pode não coincidir com o do outro.

Questão:
- É perigoso o hímen romper?
O hímen é uma membrana que cobre parcialmente a entrada do canal vaginal. Pode apresentar diversas formas e ser mais ou menos elástico. Esta membrana apresenta pouca sensibilidade, uma vez que tem poucas terminações nervosas. Normalmente o seu rompimento não implica dor. São sobretudo os medos associados à "primeira vez" que produzem tensão e rigidez dos músculos e que podem estar na base da dor.

Existem algumas mulheres que nascem sem hímen.

Numa primeira relação sexual o hímen pode não romper ou pode romper e não sangrar, uma vez que há mulheres que sangram e outras não.
NÃO TE ESQUEÇAS PODES SEMPRE ESCREVER PARA O E-MAIL: sentejovem@gmail.com, ou deixares em comentario as tuas dúvidas e ainda, procurar-nos no GASJ.
A escolha é tua!

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Dúvidas... Quem não as tem????

Durante toda a nossa vida confrontamo-nos com questões, muitas das quais não sabemos a resposta. No que respeita à vivência da sexualidade, muitos dos adolescentes e jovens deparam-se com dúvidas, sendo as mais comuns, as seguintes:

Qual a idade certa para a minha “primeira vez”?

Não existe uma idade certa para começares a ter relações sexuais.
A decisão é pessoal e deve ter em conta, não o que os outros dizem ou fazem, mas se estás preparado/a para assumir uma atitude que também implica responsabilidade…
...porque ter relações sexuais implica intimidade, protecção e respeito por nós e pelo outro.


  • O álcool e o haxixe aumentam a excitação sexual?

Na verdade, o consumo de álcool e de algumas drogas apesar de poder libertar algumas inibições, diminui a resposta sexual e impede que se tire todo o partido da relação sexual.
Tanto o álcool como o haxixe podem afectar a potência masculina e a sensibilidade feminina, pois alteram a irrigação sanguínea de todo o corpo, incluindo a dos órgãos sexuais;
Atenção! O consumo regular de haxixe aumenta os riscos de infertilidade por alterar o ciclo menstrual nas mulheres e os espermatozóides no homem.

  • Qual é o método contraceptivo mais eficaz?



A utilização simultânea da pílula e do preservativo é aceite como o mais eficaz… e o mais seguro!
Lembra-te que:
a gravidez indesejada não deve ser a tua única preocupação. Uma infecção sexualmente transmissível pode ter várias complicações, colocando em risco a possibilidade vires a ter filhos ou até a tua própria vida
.

  • Posso engravidar sem ter relações?

Sim, desde que o esperma entre em contacto com a vagina pode haver uma gravidez sem penetração (sem a entrada do pénis na vagina), devido à grande mobilidade dos espermatozóides.



  • Porque pode o preservativo rebentar?

- Por mau estado de conservação. Certifica-te que a embalagem está intacta, dentro do prazo de validade e que não foi exposta ao calor (num bolso ou no carro…)
- Por má utilização. Cuidado ao abrir e ao colocar… evitar o contacto com as unhas!
Não te esqueças de tirar o ar da ponta do preservativo ao colocá-lo!


  • Como é que eu sei se a/o m/ namorada/o tem uma doença sexualmente transmissível?
Pode existir o risco de contraíres uma infecção mesmo que o teu parceiro/a não apresente sinais/sintomas de doença.
Mesmo que confies no teu parceiro/a e estejam muito apaixonados…
usa sempre o preservativo!


  • O que é que devo fazer se sentir desconforto ou ardor durante ou após uma relação sexual?
A dor numa relação sexual pode dever-se a medos que produzem tensão e rigidez dos músculos genitais ou à falta de lubrificação.
MAS se a dor ou o ardor se mantiverem deves consultar um médico…
…podes ter contraído uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST).



Dirige-te ao gabinete de apoio à saúde juvenil (GASJ) que funciona no Centro de Saúde de Santa Maria da Feira, às Sextas-Feiras à tarde, das14-18 horas, no 1º andar e expõe todas as tuas dúvidas.

  • Como actua a Pílula do Dia Seguinte?(Contracepção de Emergência)
Pode actuar de diversas formas:
- impedindo a ovulação;
- impedindo a fertilização;
- prevenindo a implantação do ovo no útero.

Se já estiveres grávida não é eficaz! Por isso, deve ser tomada, o máximo, até 72 horas após a relação sexual desprotegida.



  • Quais são os sintomas da Pílula do Dia Seguinte?(Contracepção de Emergência até 72h)
Podem surgir:
dores de cabeça, cansaço, tonturas e mesmo enjoos e vómitos (se vomitares logo após a toma, pode não fazer efeito!)

Atenção! A “Pílula do Dia Seguinte” é só para situações de emergência! Não deve substituir os outros métodos de contracepção.