quarta-feira, 30 de abril de 2008

AS PRIMEIRAS EXPERIÊNCIAS SEXUAIS (1ª parte)

Quando somos jovens, sentimo-nos invulneráveis.

Pensamos no amor como se este fosse uma solução milagrosa que nos deixa em estado de graça, e às vezes esquecemo-nos de que podem registar-se acidentes durante uma relação sexual. Mas eles acontecem. Nem sempre são dramáticos, bem entendido, mas muitas vezes têm consequências pesadas.


Uma infecção vaginal não tratada pode provocar a esterilidade de uma rapariga, relações sexuais sem preservativo podem transmitir o vírus da SIDA ou outras doenças, ou ainda provocar uma gravidez indesejada.


Quando fazemos amor, não nos apetece pensar em nada disto. Queremos aproveitar a vida, com toda a descontracção. Mas é preciso não esquecer que determinadas infecções deixam traços indeléveis, determinados vírus não têm cura.


Hoje em dia, tens a sorte de viver numa época em que é possível prevenir a maior parte dos perigos que te espreitam. Mesmo que ainda não tenhas tido relações sexuais, convêm informares-te sobre os métodos contraceptivos para tomares precauções e não seres apanhado(a) de surpresa.

A prevenção não tem nada a ver com proibição, bem pelo contrário.
Preservar a saúde pode parecer constrangedor mas, no amor, a verdadeira liberdade é aquela que te permite viver uma sexualidade sem angústias, sem riscos para o teu corpo e para o do teu parceiro.

A CONTRACEPÇÃO
A contracepção é o conjunto de métodos utilizados para evitar a gravidez.
Basta uma única relação sexual para engravidar. Portanto, cuidado!

Cada vez que ejacula, o homem liberta cerca de 350 milhões de espermatozóides. Apesar de serem lançados na vagina, eles chegam rapidamente ao colo do útero.

Para que uma mulher engravide, é necessário que os espermatozóides encontrem um óvulo.
O óvulo, produzido pelos ovários da mulher, é libertado todos os meses e desce até ao útero por um pequeno canal denominado trompa. Se encontra um espermatozóide no caminho, o óvulo pode ser fecundado.
Para que uma mulher engravide, basta que um espermatozóide penetre no óvulo.

CICLO MENSTRUAL
O ciclo menstrual considerado como normal demora 28 dias e conta-se como o primeiro dia, o 1º dia da menstruação;
Caracteriza-se por ter hemorragia menstrual, em média durante 3 a 8 dias, em intervalos que vão de 24 a 34 dias, tendo como ciclo padrão mais comum o de 3 a 6 dias de fluxo.
Neste caso a ovulação aconteceria na metade do ciclo (14º dia), que consiste na saída do óvulo para uma das trompas.

Se no prazo de 24 horas houver um espermatozóide que se junte a esse óvulo (que já lá podia estar “à espera” há 72 horas), dá-se a fecundação e o óvulo transforma-se num ovo.
Ao descer da trompa para o útero, o ovo vai fixar-se na sua parede, que durante os 14 dias anteriores se foi tornando mais volumoso e esponjoso de modo a poder receber o ovo e uma gravidez.

Se, pelo contrário, não houve fecundação, o óvulo não fertilizado desce para o útero cuja parede interna por sua vez se começa a desagregar, até que é expulso na altura da menstruação, iniciando-se novo ciclo menstrual.

Quando é que inicia e acaba o período fértil?

Chama-se período fértil, aos dias em que a mulher que tem relações sexuais, pode engravidar. Isto sucede quando se dá a ovulação que ocorre em média, ao 14º dia do ciclo.

Considerando que o óvulo vive em média 24 horas e o espermatozóide cerca de 72 horas e considerando a duração dos ciclos anteriores (idealmente 12 ciclos), pode-se calcular o período fértil, por subtracção de 11 dias ao ciclo mais longo e de 18 dias ao ciclo mais curto.

Exemplos:
Mulher com ciclo regular de 28 dias:
28-11=17
28-18=10
O período fértil será entre o 10º dia e o 17º dia do ciclo, inclusive.

Mulher com ciclos menstruais entre 25 a 30 dias:
25-18=7
30-11=19
O período fértil será do 7º ao 19º dia do ciclo.

Helena Bento
Bibliografia: Rodrigues, João. “Os jovens e a sexualidade” CAJ – Centro de Atendimento a Jovens
Coimbra,2002.